Yoani María Sánchez Cordero, nascida em Havana em 4 de setembro de 1975, é uma filóloga e jornalista cubana. Graduada em Filologia pela Universidade de Havana em 2000, ela alcançou renome internacional e recebeu diversos prêmios por seus artigos e críticas à situação social em Cuba durante os governos de Fidel Castro e seu sucessor, Raúl Castro.
Sánchez é reconhecida pelo seu blog Generación Y, que começou a ser editado em abril de 2007. Ela enfrenta dificuldades para acessá-lo de casa, o que a levou a se autodenominar uma blogueira "cega".
A revista Time a destacou em sua lista das "cem pessoas mais influentes de 2008", salientando que "sob o nariz de um regime que nunca tolerou dissensão, Sánchez exerce um direito não garantido aos jornalistas que trabalham com papel: liberdade de expressão".
Em maio de 2009, blogueiros independentes em Cuba relataram que os cidadãos cubanos estavam sendo impedidos de acessar a internet nos cafés localizados em hotéis. Em resposta a essa situação, Yoani Sánchez divulgou um vídeo, datado de 9 de maio de 2009, no qual ela e seu marido foram registrados sendo impedidos de acessar a internet no Hotel Meliá Cohiba. O vídeo indicava que uma resolução específica permitia apenas o acesso a estrangeiros.
No entanto, poucos dias depois, o acesso à internet foi restaurado para todos os cubanos, e diversos hotéis afirmaram não ter conhecimento de qualquer regulamento que proibisse os cidadãos locais de acessarem a internet. Yoani expressou suspeitas de que as autoridades recuaram da decisão devido a reclamações da população.
Em 6 de novembro de 2009, Yoani Sánchez e alguns amigos dirigiam-se a um comício pela paz em Havana, que estava programado para ocorrer naquele dia. Acompanhada pelo escritor Orlando Luis Pardo e pela blogueira independente Claudia Cadel, o grupo foi abordado por três indivíduos, aparentemente agentes de segurança do Estado, vestidos à paisana, que saíram de um carro preto.
Conforme relatado por Yoani, os agentes ordenaram que entrassem no veículo, uma solicitação que foi recusada devido à ausência de qualquer mandado judicial. No entanto, Yoani e Orlando foram forçados a entrar no carro, enquanto Claudia foi conduzida por uma patrulha policial.
Dentro do veículo, Orlando foi imobilizado, e simultaneamente, Yoani foi agredida pelos agentes, que a advertiram de que ela tinha ultrapassado os limites com seus escritos. Vinte minutos mais tarde, o grupo foi deixado em um local distante do local da manifestação.
O incidente foi condenado por diversas organizações internacionais de defesa dos direitos humanos.
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